O livro é uma viagem poética de vários temas que o autor costuma sempre traçar em seus poemas, mas de uma maneira mais densa, experimental e com conexões entre os diversos temas, tornando o livro com uma visão que mistura poesia e uma estrutura de narrativa, mesclando esses dois gêneros de maneira bem particular.
Como uma viagem, ela funciona quase também como um diário, ou uma exposição das ocorrências do mundo, como um jornal em linguagem poética, com um teor em vários momentos focando o pessimismo com as soluções apresentadas pela sociedade e as atitudes completamente estúpidas feitas pela humanidade em geral. Ao longo do livro surgem momentos de desabafo, com linguagem por vezes vulgar pra alguns, de desespero para outros, e o autor tende a mostrar que tudo isso apenas faz parte do ser humano que ele é e que todos nós somos: falhos, por vezes doentes e psicóticos, mas acima de tudo, necessitados de amor verdadeiro e de viver.
O livro se divide em três partes: A primeira demonstra mais o desabafo de maneira agressiva, pesada e até mesmo carnal, como muitos de nós somos em diversos momentos da vida. A segunda parte, numa atmosfera mais gótica e pessimista, mostra de maneira dissecada as dores interiores dos homens e mulheres, além das incertezas e as tolas más escolhas que tomamos ou acreditamos. Por fim, a terceira parte é a "luz do fim do túnel" que o autor em dado momento duvida de sua existência, brilhando e dando em seus poemas finais uma paz e calmaria que são o desejo de todos nós, sair das galerias que conduzem aos esgotos e fossas, e estar na certeza de que o Onipresente está cuidando de quem a Ele se volta.
Mais que um livro, o autor tenta trazer a tona através de cada verso e estrofe e poesia as suas dores e conflitos interiores, bem como sua busca pela esperança, servindo para todos como um desejo de refrigério que muitos anseiam e podem encontrar passeando nessas desventuras radicais.
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